O caso da Operação "Carne
Fraca" deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, 17, deixou a
população local em dúvida em relação a carne e produtos consumidos no estado. O
caso chocou a população e empresários não só do Brasil como do mundo inteiro.
Por isso, a Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor se colocou à
disposição para tirar eventuais dúvidas da população boa-vistense.
Sabrina Tricot, secretária executiva de
Defesa do Consumidor de Boa Vista, esclarece que neste primeiro momento os
consumidores devem aguardar a divulgação dos lotes e produtos que foram
encontrados irregularidades. “Assim que tais informações forem disponibilizadas
e os ”recalls” iniciados, os consumidores poderão ter a devolução dos valores
pagos pelos produtos pertencentes aos lotes irregulares ou a troca por outros
em condições adequadas para o consumo”, pontuou a secretária.
Caso a troca ou a devolução dos valores
não ocorra espontaneamente, os consumidores devem procurar o Procon Municipal
de Boa Vista e fazer a reclamação. Sabrina recomendou também que as pessoas
devem ter hábitos frequentes na hora da compra, como verificar as condições da
embalagem, prazo de validade, aparência do produto, local de armazenamento e
verificar as informações sobre o produto de forma clara e precisa.
Por enquanto, a Associação Brasileira de
Procons (Proconsbrasil) pediu que todos os órgãos de Defesa do Consumidor se
colocassem a disposição para mostrar sua preocupação em relação a conduta das
empresas investigadas e orientar os consumidores quanto aos seus direitos na
compra dos produtos das marcas citadas na investigação.
Os consumidores que desejarem obter
informações e esclarecer dúvidas devem se dirigir à sede do Procon Boa Vista,
localizada no Centro de Atendimento ao Cidadão João Firmino Neto, avenida dos
Imigrantes, 1612, 1º andar, sala 02, no horário das 8h às 14h. Ou ainda
solicitar informações pelos telefones 3625-2219, 3625-6201 ou pelo e-mail procon@boavista.rr.gov.br.
Saiba o que a Operação Carne Fraca
descobriu
Foi deflagrado um esquema que envolvia
funcionários do Ministério da Agricultura em Goiás, Minas Gerais e Paraná que
recebiam propina para liberar carne para comercialização sem a fiscalização
adequada. Foi descoberto também o envolvimento de funcionários de frigoríficos
no esquema. As irregularidades encontradas nestes frigoríficos vão desde uso de
produtos químicos para mascarar carne vencida como excesso de água para
aumentar o peso dos produtos.
Foram 21 frigoríficos alvos de busca e
apreensão, confira:
Big Frango Indústria e Com. de Alimentos
Ltda.
BRF - Brasil Foods S.A. (dona de marcas
como Sadia e Perdigão)
Dagranja Agroindustrial Ltda./Dagranja
S/A Agroindustrial
E.H. Constantino
Frango a Gosto
Frigobeto Frigoríficos e Comércio de
Alimentos Ltda.
Frigomax Frigorífico e Comércio de
Carnes Ltda.
Frigorífico 3D
Frigorífico Argus Ltda.
Frigorífico Larissa Ltda.
Frigorífico Oregon S.A.
Frigorífico Rainha da Paz
Frigorífico Souza Ramos Ltda.
JBS S/A (dona das marcas como Friboi,
Seara e Swift)
Mastercarnes
Novilho Nobre Indústria e Comércio de
Carnes Ltda.
Peccin Agroindustrial Ltda. (dona da
marca Italli Alimentos)
Primor Beef - JJZ Alimentos S.A.
Seara Alimentos Ltda.
Unifrangos Agroindustrial S.A./Companhia
Internacional de Logística
Breyer e Cia Ltda.
Fábrica de Farinha de Carne Castro Ltda.
EPP
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