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O anúncio foi feito durante o seminário ao Dia do Enfrentamento à exploração sexual


A Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e Ação Social, promoveu nesta quinta-feira (18), no plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, um seminário alusivo ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso, Exploração Sexual e ao Tráfico de Crianças e Adolescentes. O evento contou com a participação de parlamentares, representantes da sociedade civil, movimentos sociais, da Segurança Pública, do Judiciário e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Durante as discussões foram apontadas políticas públicas de proteção às vitimas de abuso e exploração sexual, com foco no público mais vulnerável, que são crianças e adolescentes. Uma delas é a criação do Centro Humanitário de Apoio à Criança, Adolescente e Família, que já tramita no Poder Legislativo.
“Com a sensibilidade do nosso presidente Jalser Renier [SD], tramita nesta Casa a criação desse Centro que será mais um ponto de acolhimento, de referência nesse pedido de socorro na hora da necessidade”, afirmou a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e Ação Social, deputada Angela Águida Portella (PSC).
A parlamentar falou ainda sobre a pretensão de trazer para Roraima a ‘Escola de Pais’, uma proposta de aproximar ainda mais a família e ajudar aos genitores na questão de acompanhar a vida dos filhos. “Essa escola é uma instituição sem fins lucrativos que existe no Brasil, e busca dar condições para que os pais atuem na educação dos filhos com mais propriedade, com mais conhecimento especializado”, contou. Na entrada do plenário, uma equipe recolheu assinaturas de todos os interessados que apoiam ou têm interesse na criação da Escola de Pais em Roraima.
A oficial de comunicação do Unicef na Amazônia, Ida Pietricovisky, colaborou com um dos painéis no seminário, que mostrou os trabalhos que o órgão ligado a Organização das Nações Unidas (ONU) tem desenvolvido na região, dados gerais e específicos a Roraima.
“A gente entende que quando você consegue melhorar a vida de crianças e adolescentes, toda a comunidade se beneficia”, disse. Segundo contou, casos de abuso e exploração sexual acontecem por diversos fatores, e isso inclui a falha ao longo do processo executado pela Rede de Proteção e a desagregação familiar.
Região Norte concentra alta taxa de abuso contra crianças
A Oficial de Comunicação da Unicef na Amazônia, Ida Pietricovisky, lamentou que na região Norte e no semiárido do Brasil se concentrem as mais altas taxas de abuso e violência sexual, assim como no aumento de doenças sexualmente transmissíveis como o HIV/Aids e a Sífilis nas pessoas com idade entre 14 a 29 anos. O abandono escolar e a gravidez precoce são outros pontos preocupantes para a Unicef.
Disse ainda que o País avançou nas políticas públicas de proteção, mas há uma fragilidade nos órgãos como Conselhos Tutelares e, principalmente, no Judiciário, devido a demora de julgamento dos processos de estupro, de abuso. “O tempo de uma criança ou adolescente não é o mesmo de um adulto, não pode esperar anos para tramitação de um processo. Uma criança que foi abusada, o violador fica solto e ela continua sendo a vitima desse processo, um processo que dura anos”, complementou.

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